2022 frustrou nossa expectativa de sermos hexacampeões mundiais de futebol, porém 2023 descortina um cenário positivo, de nos tornarmos o maior exportador de algodão do planeta.
E se essa possibilidade se concretizar, se juntará a inúmeros títulos mundiais, mais esse, já que o setor brasileiro diz estar preparado para avançar com a produção.
Já que no próximo ano apesar de custos mais altos, para não perder mercados da Ásia, especialmente da China, conquistados recentemente.
“Em curto período de tempo, seremos os maiores exportadores. E em um espaço de tempo um pouco maior, seremos também os maiores produtores. Talvez sejamos os maiores exportadores já no ano de 2023”, disse o produtor Júlio Cézar Busato.
“Matematicamente, deveríamos encolher a área de algodão”, disse ele, citando o custos de produção 27% mais altos após uma disparada dos valores de insumos em 2022. “Não faremos isso porque precisamos manter os mercados conquistados e a força de trabalho”, completou.
Posição do Brasil no ranking mundial: Entenda como chegamos aqui!
A cultura do algodão é conhecida pela humanidade há pelo menos 6 mil anos, para a fabricação de tecidos. Os indígenas brasileiros já dominavam o plantio, desde antes do descobrimento.
A produção comercial no país começou no século 18, nos estados da Região Nordeste e rapidamente, o Brasil se tornou um dos maiores produtores mundiais.
O processo foi impulsionado pela demanda inglesa de matéria-prima após a Revolução Industrial e a Independência dos Estados Unidos, que deixou de abastecer o mercado da Inglaterra.
Na década de 1990, iniciou-se a mecanização completa do cultivo. E com isso, a pluma brasileira passou a ter destaque no mercado internacional.
Na safra 2021/2022, o Brasil alcançou a vice-liderança global na exportação de algodão, atrás apenas dos Estados Unidos.
A China foi o principal destino das exportações brasileiras, seguida do Vietnã, Turquia e Bangladesh.
Projeções otimistas para 2023
O setor brasileiro diz estar preparado para avançar com a produção de algodão, para não perder mercados da Ásia, especialmente da China, conquistados recentemente.
Com a expectativa de aumento da área plantada, enquanto a pluma dos Estados Unidos deve enfrentar uma competição local acirrada com outros cultivos mais rentáveis, é real a possibilidade de o Brasil passar à frente dos americanos já nesse ano.
Segundo análise da empresa de consultoria e gestão de riscos hEDGEpoint Global Markets, a expectativa é de aumento de área de algodão no Brasil frente a 2021/22 e “plantio dentro da janela ideal”, considerando as condições climáticas atuais.
“Assim, embora seja cedo para quantificar quanto de área o algodão irá de fato perder (nos EUA), fica claro que esta cultura já começa em desvantagem”, declarou, citando que a fibra sofre a concorrência do milho, soja, amendoim, arroz e trigo.
Além disso, condições climáticas podem prejudicar ainda mais as áreas de algodão americano. O Mundo continuará precisando de mais algodão em 2023 e 2024, segundo Lício Pena, diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).
Assim, com a possibilidade dos Estados Unidos reduzirem a área de plantio, o Brasil pode assumir a ponta e alcançar a posição de maior exportador por 2 motivos:
Primeiro, a redução da área de plantio americana.
Segundo, porque a China e a Índia são os maiores produtores do mundo, mas perdem na exportação para os Estados Unidos e podem perder para o Brasil, porque vendem pouco algodão deixando grande parte para o mercado interno.
E viva o algodão, que impulsionou a economia do Brasil colonial e incentivou a industrialização do país!
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02 de fevereiro de 2023